Maria Carolina Gonzalez é graduada em biotecnologia pela Universidad Nacional de Quilmes e tem doutorado em ciências fisiológicas na Faculdade de Medicina da Universidad de Buenos Aires, Argentina. Ela se aproximou do Brasil para o pós-doutorado, no Memory Research Laboratory no Instituto do Cérebro da Universidade Federal do Rio Grande do Norte.

A maioria das memórias são adquiridas junto à evocação de informações antigas que ajudam a contextualizá-las. No entanto, muito do que sabemos sobre as bases neurobiológicas da formação da memória vem de estudos focados em um único evento de aprendizagem, sem considerar outras experiências que os animais possam ter vivenciado. Nesse projeto, procuramos entender como o conhecimento prévio influencia a aquisição de nova informação e quais são os mecanismos neurais envolvidos na associação de memórias novas e antigas para a construção de esquemas de conhecimento, afirmou Carolina Gonzalez.
A pesquisa realizada no valor de R$ 700.000,00, pelo Instituto Internacional de Neurociências Edmond e Lily Safra, foi de sucesso magnífico, levando Maria Carolina Gonzalez vencer ao prêmio internacional de neurociências, movimento realizado pela Early Career Award.
Segundo Carolina, entender como o cérebro forma, utiliza e atualiza as memórias normalmente, é fundamental para, posteriormente, ter uma melhor compreensão dos estados anormais ou doenças. “Por exemplo, nossa pesquisa pode ter importantes implicações clínicas, já que a dificuldade em reconhecer objetos e eventos familiares e discriminar estes de outros desconhecidos é um dos primeiros sintomas do declínio cognitivo associado com a doença de Alzheimer”.